Quando não entendemos Deus


"Então veio a mim a palavra do SENHOR: Por acaso não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?, declara o SENHOR. Como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel. Se em algum momento eu falar em arrancar, derrubar e demolir uma nação ou um reino, e aquela nação contra a qual eu falar se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que planejava fazer-lhe. E se em algum momento eu falar em edificar e estabelecer uma nação e um reino, e esta nação fizer o mal diante dos meus olhos, não dando ouvidos à minha voz, então me arrependerei do bem que planejava fazer-lhe" Jeremias 18.5-10

Na Teologia, quando falamos da Vontade de Deus, falamos de uma vontade decretatória, que nos fala daquilo que O Eterno estabeleceu na eternidade, e que nada mudará, porque faz parte da Sua Soberania, contra isso não há que possamos fazer (p. ex.: a morte do Cordeiro – 1 Pedro 1.19,20; o futuro glorioso da Igreja, conforme narrado em Apocalipse). E temos a vontade preceptiva, que é aquilo que Deus estabeleceu que aconteceria de acordo com as decisões humanas perante a Lei do Senhor ("Não matarás", as consequências eternas das nossas escolhas sobre fé e arrependimento).

Nós, como seres humanos limitados por sermos criaturas, e mais ainda por causa do pecado, não conseguimos distinguir a vontade de Deus para nossas vidas. Gostamos da sensação da brisa soprando nas nossas frentes, enquanto dirigimos o destino da nossa caminhada, ao mesmo tempo que aceitamos que os limites são aqueles que nós mesmos nos impomos. A falsa sensação de liberdade, assim como o preso que toma o banho de sol, e acredita que está livre das amarras da gaiola.

Mas, Deus tem o curso da história das suas mãos, Ele determinou o seu propósito desde a eternidade, e nada nem ninguém impedirá que seu plano se execute da maneira como Ele propos. Dentro do exercício da Sua Soberania, Ele determinou que algumas situações aconteceriam de acordo com as decisões do ser humano, mesmo Ele sabendo que o homem escolheria errado, e que as consequências das decisões erradas não poderiam ser poupadas porque, caso Ele fizesse isso, seria tão injusto como qualquer um de nós.

Em Jeremias 18, vemos o plano de Deus para uma nação pecadora como Israel, mesmo assim, Ele aguarda o arrependimento da nação (preceptiva). Em Romanos 9, Paulo usa o caso de Faraó para mostrar que, a misericórdia de Deus é propriedade exclusiva dele, e que Ele estende sua mão a quem Ele quer (decretatória).

O que fazer então, quando não entendemos a Deus? Pois viver aceitando a realidade: Ele é Deus, sabe o que faz e nós devemos, em adoração, render nossa vida em obediência e fé. Esquadrinhando as Escrituras para conhecê-lo e amá-lo acima de qualquer circunstância. Isso fere o nosso orgulho e senso de independência, mas é necessário.

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