Uma Igreja saudável é ousada - Igreja Importa

Atos 4:5-8  No dia seguinte, reuniram-se em Jerusalém as autoridades, os anciãos e os escribas  (6)  com o sumo sacerdote Anás, Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da linhagem do sumo sacerdote;  (7)  e, pondo-os perante eles, os argüiram: Com que poder ou em nome de quem fizestes isto?  (8)  Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse...

Os apóstolos estavam pregando o Evangelho em Jerusalém livremente, até que o milagre do coxo atraiu uma multidão no pátio do Templo. Os saduceus e sacerdotes decidiram tomar cartas no assunto, e tentaram ameaçar aos apóstolos. Para isso se apareceram as mesmas pessoas que, semanas atrás, os próprios seguidores de Jesus não queriam enfrentar: o Sumo Sacerdote, seu sogro e toda a linhagem sacerdotal.

Na época em que Jesus foi preso, os discípulos fugiram, e Pedro e João conseguiram seguir Jesus, porém a uma boa distância para não serem vistos ou reconhecidos. Mas, Pedro era impossível de passar despercebido, e foi confrontado três vezes se era seguidor do Messias, em todas as ocasiões sua resposta foi negativa: ele negou na primeira, jurou na segunda e depois lançou maldições na terceira ocasião. 

O medo tomou conta da vida do pescador. Seu arrependimento posterior, assim como a restauração dada por Jesus numa manhã no Mar da Galileia mostram a restauração do apóstolo.

Agora, enfrente dos mesmos algozes, é questionado porque ninguém lhe deu autoridade para pregar. A ousadia de Pedro estava sendo colocada em xeque pelos líderes religiosos de Israel.

A intimidação sempre faz parte dos planos do diabo para impedir que a Igreja pregue o Evangelho: o crente é pressionado na família, para que deixe de pregar o Evangelho ou deixará de ser convidado para as reuniões sociais. Nas instituições de educação é impedido de pregar porque o cristianismo está ultrapassado, e o aluno sofre bullying por professar sua fé num ambiente tão hostil; agregue-se a isso a frase quem é você para me dizer o que devo fazer com a minha vida, que é repetido até o cansaço nos ouvidos daquele crente que prega fielmente o Evangelho.

Sem contar as pressões no trabalho, na mídia e na sociedade que caminha para uma vida desenfreada, sem temor do Senhor.

O que resta para nós? Há esperança? Podemos ser uma Igreja saudável no meio de toda essa dinâmica de intimidação?

Claro que há esperança. Esperança para o cristão que deseja ser fiel, e para quem rejeita o Evangelho.

Para aquele que crê, o texto de Lucas em Atos nos fala que Pedro estava cheio do Espírito, pronto para responder os questionamentos dos sacerdotes e das autoridades: a autoridade apostólica vem de Jesus, aquele que eles rejeitaram e mandaram matar na cruz, e a quem o Pai ressuscitou dentre os mortos.

A autoridade de uma Igreja saudável vem dada pela Trindade: O Pai, por amor ao seu povo, enviou Jesus, quem se deu a si mesmo e ressuscitou para nos dar vida, e o Espírito nos foi dado para poder testemunhar a qualquer pessoa, vencendo o temor da intimidação com ousadia sobrenatural e santa, porque sabemos que maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo.

A ousadia dos apóstolos, a nossa ousadia, vem por causa da obra maravilhosa do Deus Trino. Nele está a nossa vida, a nossa força, a nossa esperança. No poder do Espírito, uma Igreja saudável vive e prega, porque sabe que a essência do Corpo de Cristo é espiritual e sobrenatural, vivendo na dependência do Soberano Senhor.

A ousadia da Igreja nos permite olhar para quem nos persegue ou oprime, e no amor e na graça de Cristo, responder para Glória de Deus, mostrando o Evangelho de uma maneira fiel e poderosa, testemunhando da obra de Jesus na cruz e do arrependimento e fé para vida eterna. A ousadia cria uma Igreja saudável, porque entende que o preço pago por seguir a Cristo é nada se comparado com o sofrimento de Jesus na cruz, e sua morte vicária, carregando a Ira de Deus no nosso lugar; assim, nada será um impedimento para continuar nossa obra missionária no mundo, custe o que custar.

Para aquele que rejeita o Evangelho, a esperança existe com um condicional: ele pode ter esta vida se ele se arrepender e crê no Evangelho, crendo em Cristo como o Único e Suficiente Salvador, abrindo mão da sua vida para abraçar a nova vida em Deus.

Num mundo polarizado, pregue o Evangelho de Cristo no poder do Espírito, e aguarde grandes coisas em Deus!

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