4 pilares de uma Igreja Saudável #IgrejaImporta


Atos 2:42  E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.

Uma casa tradicional tem pilares e vigas distribuídos nas paredes. A não ser que o Arquiteto seja ousado, uma construção tem, no mínimo, 4 pilares de sustentação, são o mínimo suficiente para criar estabilidade em todas as direções, de tal forma que a casa seja um lugar seguro para todos.

É claro que ela tem mais, mas a maioria dos cômodos têm seus quatro pilares ou colunas, onde a laje e as vigas se sustentam, e o peso da edificação se transmite até as fundações, se repartindo no solo para garantir a estabilidade do conjunto da obra. Uma casa sem pilares, ou mal feitos, começa a trincar para, no fim, esmagar a edificação.

Os pilares são tão importantes, que meu professor de concreto na Universidade chegou a dizer que era preferível a falha de uma viga antes do que na coluna, porque assim daria tempo para sair as pessoas que estivessem dentro da edificação, garantindo um grau maior de supervivência.

Uma Igreja é o lugar onde compartilhamos a Palavra do Senhor, louvamos e adoramos o Cordeiro, e participamos ativamente do serviço sob o direcionamento e os dons do Espírito. Porém, o texto de Atos nos dá luz sobre a abrangência dessa vida eclesiástica.

Me atrevo a dizer que Atos 2.42 nos mostra os pilares onde se fundamenta uma Igreja Saudável, 4 pilares que garantem a estabilidade do prédio, e que manterão o conjunto da obra no seu lugar.

Pilar 1 - Doutrina cristocêntrica

Devemos pregar o Evangelho, todo o conselho de Deus, tendo Cristo como centro e eixo da mensagem. Não podemos esperar a bênção do Senhor sob uma Igreja que prega outro Evangelho, ou que vive sem entender as doutrinas básicas da nossa fé. É necessário que não somente o Pastor, mas toda a Igreja conheça as Escrituras. A exposição constante da Palavra do Senhor trará luz sobre a congregação.

Pilar 2 - Comunhão

A koinonia é amizade, companheirismo, participação comunitária. É chorar com os que choram e nos alegrar com os que se alegram, entendendo que somos uma família porque somos filhos do mesmo Pai. A empatia, compaixão e graça se manifestam de maneira poderosa no meio do povo de Deus que entende que o nosso relacionamento não fica restrito às 4 paredes da Igreja. Ela ultrapassa e chega a lanches ou refeições após o culto, momentos de oração e saídas de famílias, que procuram estabelecer vínculos fora do recinto.

Pilar 3 - Partir o pão

Por favor, não alegorize essa parte! O texto fala de partir pão, de compartilhar a mesa, de comer juntos. Na literatura bíblica, as alianças eram fechadas com uma refeição, porque era momento de intimidade. A Igreja manteve essa prática, e nós devemos resgatá-la, não somente nos momentos após o culto, com biscoito, chá ou café; devemos ter momentos espontâneos, famílias que se reúnem na mesa para comer, rir, orar, compartilhar vida. 

Isso fortalece o vínculo e cria laços de amor.

Pilar 4 - Oração

Não somente nos cultos de oração, a Igreja deve respirar oração em todo momento: numa ligação telefônica ou numa mensagem, nas visitas e refeições, antes e depois de exortar alguém. Devemos elevar a Deus nossas alegrias e pesares, sejam em louvor, intercessão ou clamor, com ações de graças. A vida de oração é comunhão com o Pai, e quando fazemos isso em unidade, agimos como irmãos, que se preocupam pelo outro.

Conclusão

Devemos lutar para que isto seja uma realidade nos nossos relacionamentos. Não podemos procrastinar isto, o próprio texto fala que eles perseveraram, e aí está a chave: devemos nos esforçar para alcançar a unidade do Espírito no vínculo da paz. É um trabalho de esforço, muitas vezes de sacrifício, mas que dará resultado maravilhoso, nos permitirá ver a Glória do Senhor, e veremos vidas salvas aos pés de Jesus, porque eles verão a nossa vida, que é Cristo, fluindo livremente em nós.

Nos versos a seguir, no capítulo 2 de Atos, vemos a regularidade na congregação, o culto nos lares e as conversões, mas isso será o próximo post. Aguarde.

Até então, vamos construir estes pilares nas nossas Igrejas locais. Levantemo-nos e Edifiquemos! 

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