A barca está pronta! - segurança na incerteza da vida

Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem. (Mateus 24:37-39)

Estamos olhando uma distopia. Há um ano ninguém imaginou que estaríamos como hoje: usando máscaras e álcool gel o tempo todo, ficar em casa, empregos perdidos, empréstimos congelados por um tempo, auxílios do governo, falência de muitos e oportunidades de outros. Mas, como sentimento comum está a incerteza com relação ao futuro.

No texto lido, que faz parte do sermão profético de Jesus, vemos como a humanidade, mesmo com os sinais e manifestações que mostram que o Messias está retornando, tentará continuar com a vida. O Mestre ilustra sua afirmação fazendo uma lembrança dos dias de Noé.

Como Jesus falou, o mundo vive na busca do normal ou "novo normal". No tempo de Noé, as pessoas procuraram uma vida que consistia das coisas básicas: comer, beber, casar e dar em casamento; isso sem entrar em detalhes do aspecto moral, do diagnóstico que o próprio Deus concluiu no capítulo 6 de Gênesis; porém, dentro da realidade dos moradores da terra naquela época, a situação espiritual deles era o "normal".

Noé era o ponto fora da curva, aquele que olhava a realidade e não se conformava com esse "normal", ele manifestava outra perspectiva da vida. O patriarca e profeta confrontava sua geração como pregoeiro da justiça (2 Pedro 2.5), e ninguém acreditou até o dia em que Noé entrou na arca. Lemos no relato de Gênesis que, após a entrada dos animais e da família de Noé na Arca, o próprio Deus fechou a porta (Gênesis 7.16), impedindo que alguém tentasse abrir a porta forçosamente.

A graça de Deus se manifestou com Noé, mas o Juízo veio com o Diluvio para todo aquele que não deu atenção à mensagem de salvação.

Assim acontece nos dias de hoje. 

As pessoas desejam voltar a um "novo normal", que não tem nada de novo (como Salomão escreveu no livro de Eclesiastes) nem de normal, porém aplicando as regras até agora aprendidas para evitar a propagação deste vírus. A ideia desse novo normal não inclui a mudança do coração e o restabelecimento do relacionamento com Deus através do arrependimento e fé no Evangelho de Cristo. O que hoje muitos desejam é estabelecer o retorno à vida anterior rapidamente, e continuar vivendo esquecendo-se do Criador.

A graça de Deus fluirá até o dia em que o Filho de Deus chamar aos seus e fechar a porta. E nesse dia não haverá mais chance de buscá-lo, porque o fim aparecerá inexoravelmente. Pode parecer catastrófico, mas é uma realidade: o Dia do Juízo chegará para todos, e seremos julgados pelo próprio Jesus.

A pergunta que fica é: estás dentro da barca? 

O arrependimento e a fé deve ser a prioridade da nossa vida. Por causa do nosso pecado estamos separados do Criador, e Ele enviou Jesus para morrer na cruz para que a ira de Deus fosse por Ele suportada. A esperança da nossa vida presente e vindoura não está na colocação de uma máscara, ou de lavar as mãos todos os dias e usar álcool gel na rua; tudo isso é desejável e necessário dependendo das circunstâncias, mas não nos salvarão do pecado e da maldade no nosso coração.

Por isso, enquanto houver tempo, precisamos correr a Jesus e clamar pelo perdão. Não podemos esperar até que seja tarde demais. A porta da barca ainda está aberta, mas logo fechará para sempre. É uma decisão transcendental, mas que vale a pena. O perdão de Deus vale mais do que o ouro, a prata, a vacina do Covid ou qualquer outra coisa que possas imaginar. A reconciliação com o Pai é maravilhosa, e sermos chamados Filhos de Deus, amados e conhecidos por Ele está acima de qualquer outro prazer experimentado até então.

Por isso, voltou a te perguntar: estás dentro da barca?

Que Deus te abençoe

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