Podemos falar de Cristofobia na América Latina?

A outra pergunta que devemos nos fazer é a seguinte: os acontecimentos no chile tem importância aqui no Brasil?

No Brasil vem se discutindo o termo "Cristofobia" como uma manifestação de ódio para a pessoa de Jesus e as distintas manifestações da fé cristã, bem sejam católicas ou protestantes. O termo é controverso dentro dos círculos teológicos, tendo defensores e detratores, e nem sempre há consenso no conteúdo da palavra e a abrangência das suas ações.

Por outro lado, vivemos numa sociedade que deseja fazer aquilo que George Orwell escreveu no seu romance "1984": a destruição da história e da verdade, pela manipulação dos dados e a negação dos acontecimentos. Se tenta destruir qualquer vestígio de um passado opressor, como se isso, de uma maneira mágica, conseguisse apagar os fatos acontecidos. Há um ódio reprimido, uma raiva contenida nas almas das pessoas que se manifestam em destruição e vandalismo, inclusive em instituições que nada tem a ver com as reivindicações levantadas.

As manifestações no Chile já passam de um ano, e a celebração dessa data incluiu o incêndio de duas Igrejas Católicas, mas nos protestos do ano passado já isso tinha acontecido com Igrejas Evangélicas, os ataques foram catalogados de Cristofobia por meios independentes da América Latina.

Por que esses grupos desejam atacar o cristianismo? É uma pergunta que tem várias respostas, e que nos leva, necessariamente, às ideologias que estão por trás dos protestos, do desejo de legalizar aquilo que é condenado nas pregações; do desejo de silenciar, através do terrorismo, a mensagem do Evangelho que prega o arrependimento e conversão; da vida de uma Igreja que não se prostra perante os baales da sociedade.

Os pecados cometidos em nome da fé não são hoje justificados, e há muito tempo os membros e líderes se arrependeram dos excessos e pecados cometidos pelas Instituições. Desejar que o cristianismo se prostre perante um movimento é, no mínimo, rissível e absurdo. O perdão envolve restituição aos envolvidos, mas nunca os pecados dos "pais" poderá ser imputado aos "filhos". Não existe na Bíblia dívidas históricas, reivindicações passadas ou algo semelhante.

O que vemos hoje é a manifestação de um ódio visceral contra o cristianismo, que merece uma resposta da Igreja dentro do contexto bíblico. E para isso, devemos nos preparar em oração e leitura das Escrituras.

  • Jesus falou que seriamos bem-aventurados se sofriamos pela causa do Evangelho (Mateus 5.10-12)
  • Jesus já nos advertiu que perseguição, opressão, rejeição, seria o "novo normal" da Igreja nos últimos dias (Mateus 24.9-13)
  • Porém, Jesus nos empurra a pregar o Evangelho no meio da perseguição (Mateus 24.14)
  • Os discípulos aprenderam que, no meio da opressão, o recurso que temos é a oração que nos dá coragem para pregar o Evangelho (Atos 4.23-31)
  • A Igreja não é chamada a mudar governos, mas corações através do poder do Espíritu.
  • Os nossos inimigos não são as pessoas, mas os espíritus que operam nos corações deles (Efésios 6.12), por isso devemos amar aqueles que nos perseguem (Mateus 5.43-48) e batalhar espiritualmente, o que envolve o preparo (Efésios 6.13-18) e a pregação (2 Coríntios 10.3-6).

Temos que nos preparar, os ventos de mudança se sentem por aqui e no continente, e devemos estar preparados. Não é mudança de ideologia de governo, são os corações dos homens, o pecado agindo com força, olhando o desgaste que o cristianismo vem sofrendo nos últimos anos, com a destruição dos padrões morais e éticos presentes. Isso é patente em muitos países da nossa região, e a Igreja vem sofrendo com isso.

Temos o Espírito Santo, dado por Deus, preguemos o Evangelho no Seu Poder, e que tenhamos a graça de ver as maravilhas do Pai, enquanto agimos em Nome do Seu Filho Jesus.

Avante Igreja!

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