Conhecemos a cena: Jesus, após multiplicar os pães e os peixes, fala com uma multidão que queria coroá-lo rei de tal maneira que fica somente com os doze. O mesmo grupo de pessoas que estavam dispostas a conspirar contra Herodes e César, de uma hora para outra se afasta do Messias.
Tudo porque Ele não os alimentaria mais com pão físico, oferencendo Sua vida para saciar a fome da alma ferida.
O assistencialismo encontra em Jesus resistência, porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito do Senhor.
E nessa hora o Messias se volta aos seus discípulos, e lhes abre a porta de saída. Jesus nunca se importou com as multidões nem com seguidores, Ele estava comprometido com o Pai e Sua missão, o restante era secundário e complementar. Os discípulos estavam sendo confrontados a uma das grandes verdades do Evangelho: seguir a Cristo é negação, inclusive de fama e boas oportunidades que podem se apresentar.
Pedro, nos seus momentos de rápido raciocínio, percebe que estão num momento duro e decisivo. Parece que essa porta aberta era um parte-águas na história deles, porque Jesus os coloca a escolher entre a vida que sempre conheceram, e o caminho do discipulado. Pedro, assim como os outros, percebem que a escolha mudará a vida deles, e sabem que poderiam voltar com suas famílias, amigos e negócios ou continuar a senda de Jesus, o Evangelho da graça, da renúncia e da entrega da vida.
Pedro então diz, "Senhor, a quem iremos? Só o Senhor tem as palavras da vida eterna. E sabemos que tu és o Filho do Deus vivo".
A confissão de Pedro deve se tornar nossa nas horas de aflição. Em momentos vemos como o chamado de Cristo a segui-lo parece desanimador, pouco esperançador ou impopular; porém nessa hora a voz de Cristo é a despertar a nossa consciência, a nos dar uma chamada de atenção porque Ele olha para nós da mesma forma como o General olha para o batalhão: a ordem foi dada e temos que marchar para a luta, sabendo que no Senhor dos Senhores temos a vitória.
Se as dúvidas invadirem o nosso coração, lembre da pergunta de Pedro. "A quem iremos? Somente Jesus tem palavras de vida eterna". Seja impregnado da esperança da Glória de Deus, e andemos juntos rumo à cruz, a morrer a este mundo para obter a vida gloriosa reservada aos que experimentam o poder da ressurreição do Messias.
Que Deus te abençoe.
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