Uma Igreja que Ora - Uma nova e velha Igreja de Jesus #eclesiologia #pandemia

 Certa ocasião, enquanto comia com eles, deu-lhes esta ordem: "Não saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu Pai, da qual lhes falei." Atos 1:4
Os discípulos estavam em Jerusalém, quando este diálogo aconteceu (Lucas 24.33-49), depois disso, o Messias ascendeu aos céus em Betânia, perto daí (Lucas 24.50-52).

Os discípulos, sendo galileus, poderiam estar com saudade do terrunho da Galileia, da família, da Lagoa, onde tantas coisas aconteceram no passado com Jesus. Eles estavam em Jerusalém, a capital histórica de Israel, mas tão diferente e alheia a eles, ao mesmo tempo um lugar onde Jesus morreu e ressuscitou recentemente.

Para os discípulos, possivelmente seria melhor plantar a primeira igreja em casa, com todos os que já tinham recebido um milagre de Jesus, com a própria família do Messias, seus irmãos e parentes, e com as mulheres que tanto ajudaram na manutenção do ministério do Mestre.

Para infelicidade dos discípulos (partindo da ideia de que os discípulos queriam retornar à Galileia), Jesus lhes pede que permaneçam em Jerusalém até receber a promessa do Pai: o Consolador, o Espírito de Deus, quem os revestiria de poder para testemunhar dele (Atos 1.8).

Os discípulos já tinham aprendido a obedecer a Jesus. As promessas cumpridas, a ressurreição, o todo estava mais esclarecido nas cabeças dos nossos irmãos daquela época. Se Jesus mandou ficar em Jerusalém, pois eles seguiriam ao pé da letra as palavras do Senhor.
Então eles voltaram para Jerusalém, vindo do monte chamado das Oliveiras, que fica perto da cidade, cerca de um quilômetro. Quando chegaram, subiram ao aposento onde estavam hospedados. Achavam-se presentes Pedro, João, Tiago e André; Filipe, Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão, o zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus. Atos 1:12-14
E o "esperar" pela promessa do Pai não era outra coisa senão aguardar, em oração, a cumprimento das palavras de Jesus. A Trindade aqui é evidente: o Espírito virá, da parte do Pai, para aquele que obedecer as palavras de Jesus. É a ação de Deus na história da Igreja, uma Igreja que age em obediência ao Deus Trino.

A Igreja nasce no contexto da oração. Vemos isso na vida de oração de Jesus, quando orou toda uma noite para escolher os Doze (Lucas 6.12-16), orando por Pedro, para que sua fé fosse fortalecida no meio da provação (Lucas 22.31,32), e intercedendo por todos em João 17.

Os discípulos sentiram o desejo de imitar a vida de oração de Jesus (Lucas 11.1), e pelo visto, na ausência dele iniciaram uma vida de oração intensa.

Antes de pregar pela primeira vez, antes de estabelecer um planejamento estratégico, um plano de ação ou qualquer atividade, a Igreja se reuniu em oração.

Uma Igreja que queira seguir os preceitos antigos, que deseja voltar à senda antiga, deve enfatizar a oração como prática coletiva.

Todos devemos orar individualmente, cultivar um relacionamento com Deus fundamentado na Graça do Senhor, Cristo como Intercessor e Sumo Sacerdote, e em Deus como Pai, tudo direcionado pelo Espírito de Deus.

Deus está tão interessado na oração dos seus filhos que, mais uma vez, a Trindade atua poderosamente.

Nesta hora, onde a Igreja está confinada em casa. O texto de Atos 1 nos incentiva a uma prática de oração em casa.
Quando chegaram, subiram ao aposento onde estavam hospedados. Achavam-se presentes Pedro, João, Tiago e André; Filipe, Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão, o zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus
A oração da Igreja deve ser intensa, viva e ardorosa. A presença do Senhor em nós deve permear nossas vidas, para sermos poderosos em palavras e no Espírito.

Isso é ser uma Igreja neotestamentária.

Apliquemo-nos à oração, tanto individual como coletiva. Procure parceiros de oração, e sejam fieis. Veremos a Glória de Cristo.

Não há poder na oração, o poder está no Onipotente Deus; e nossos joelhos se dobram, e nossas vidas se prostram perante o Soberano e Altíssimo Senhor, cujo Poder está sobre tudo e todos.

Vamos orar!

Comentarios