O que pode nos ensinar uma manjedoura neste Natal? 4 aspectos a considerar


Mas o anjo lhes disse: "Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor. Isto lhes servirá de sinal: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura". Lucas 2:10-12
A manjedoura, algo tão simples como o compartimento do estábulo onde se encontrava o presépio e a comida dos animais que pastavam, foi o "berço de ouro" do Messias no seu nascimento.

Jesus nasceu num lugar humilde porque ninguém lhe deu lugar na pousada de Belém. Aliás, ninguém sabia que o bebé que Maria carregava no ventre era o Filho de Deus.

Juntamente com isso, podemos ver como Jesus escolheu nascer no lugar menos adequado para alguém da Sua natureza. Sendo Deus, Ele escolheu deixar Sua Glória para vir como homem, e fazendo isso escolheu uma manjedoura para nascer. O Filho de Deus inicia assim Sua Jornada de Humilhação, que culmina na cruz (Filipenses 2).

Tudo começou na manjedoura.

A manjedoura, aliás, nos fala de vários ensinamentos sobre o Natal:

Primeiro, a manjedoura fala que Jesus não precisa de "pompa" para aparecer. Hoje enfeitamos nossas casas para o Natal, e reunimos a família ao redor de uma mesa onde tentamos ter a melhor fartura possível, mas o primeiro Natal foi na simplicidade, num lugar esquecido e simples. A simplicidade da manjedoura nas nossas vida representaria melhor o Natal do que a suntuosidade.

Segundo, a manjedoura fala que qualquer pessoa pode se encontrar com Jesus. Como Jesus não nasceu na segurança de uma casa, ou na própria hospedaria, qualquer que passasse pela manjedoura se encontraria com uma mulher em trabalho de parto, pronta para ver seu filho nascer. Se Jesus tivesse nascido num palácio, as pessoas mais humildes jamais teriam contemplado a sua face. Os pastores foram os primeiros a ver e anunciar o nascimento do Messias, mas qualquer um poderia ter ido. A manjedoura nos manifesta a necessidade de mostrar Jesus a todos de una maneira aberta e sincera.

Terceiro, a manjedoura fala que o centro do Natal é Jesus. As palavras do Anjo aos pastores são claras: esqueçam da manjedoura, a criança é o que importa porque Ele é Cristo o Senhor. Não esqueçamos que Natal não tem nada a ver com presentes que damos aos outros, Natal é o presente de Deus dado aos homens, que não é outro a não ser Ele mesmo, quem se encarnou para viver entre nós e dar sua vida pelos nossos pecados, nos reconciliando com Deus. Jesus não nasceu para que celebrássemos seu aniversário: Ele veio para dar sua vida em resgate pela nossa.

Quarto, a manjedoura aponta para a cruz. A essência do cristianismo está na morte sacrificial e substituta de Jesus. O Justo pelo injusto, o Santo pelo pecador. A manjedoura inicia o caminho de Jesus para a cruz. É impossível celebrar o Natal nos esquecendo do Calvário e do túmulo vazio. A vida de Jesus foi uma vida de humilhação, que encerra na cruz dando sua vida por nós. Mas o túmulo vazio nos fala da sua vitória sobre a morte, sua glorificação e autoridade sobre todos, tendo um Nome sobre todo nome. Não podemos esquecer que a manjedoura não é um fim em si mesmo, mas o início da caminhada para o Calvário.

Por isso, neste Natal que inicia hoje, quero deixar estas breves palavras para que contemplemos o Natal fixando nosso olhar em Cristo. Que Ele seja a verdadeira razão da nossa celebração e união. Desejo que Cristo se torne presente na sua vida, não somente nesta data, mas sempre. Aproveite este momento e entregue sua vida àquele que deixou o Trono para vir numa manjedoura e morrer numa cruz pelos nossos pecados.

Cristo é o verdadeiro sentido do Natal, a manjedoura nos ajuda a ver isso.

Feliz Natal!

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