Formando líderes proativos

Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se dele e disseram: "Este é um lugar deserto, e já está ficando tarde. Manda embora a multidão para que possam ir aos povoados comprar comida". Respondeu Jesus: "Eles não precisam ir. Deem-lhes vocês algo para comer". Mateus 14:15,16
Levantando os olhos e vendo uma grande multidão que se aproximava, Jesus disse a Filipe: "Onde compraremos pão para esse povo comer? " Fez essa pergunta apenas para pô-lo à prova, pois já tinha em mente o que ia fazer. Filipe lhe respondeu: "Duzentos denários não comprariam pão suficiente para que cada um recebesse um pedaço! " Outro discípulo, André, irmão de Simão Pedro, tomou a palavra: "Aqui está um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas o que é isto para tanta gente? " João 6:5-9
Ambos os textos estão dentro da mesma história: a primeira multiplicação de pães e peixes efetuada por Jesus. Mas o que vemos aqui é o início de um milagre onde aprendemos vários princípios.

E neste post quero compartilhar sobre proatividade, usando vários pontos para facilitar o raciocínio.

Ver o problema é fácil: Jesus e os discípulos viram o mesmo problema, as multidões famintas num lugar onde o acesso a comida era difícil, ao ponto que, se as pessoas saíssem a buscar comida, elas se espalhariam e poderiam não voltar.

A solução mais fácil nem sempre é a melhor: para os discípulos o mais fácil seria despedir à multidão, e que eles procurassem seu próprio sustento. É a solução mais simples, rápida e que evita pensar muito em soluções e alternativas. As palavras dos discípulos "Este é um lugar deserto, e já está ficando tarde. Manda embora a multidão para que possam ir aos povoados comprar comida". Demonstra que eles queriam acabar logo a reunião, e acharam que mantê-los com fome não resolveria nada.

Quão fácil é a desistência nos momentos difíceis! Somos levados a acreditar que o caminho mais fácil sempre é o correto, quando nem sempre é assim, principalmente se Jesus está no comando! Como líderes, devemos pensar que, mesmo que a solução mais simples e rápida pode ser a alternativa mais econômica ou lógica, nela podemos perder a Glória de Deus.

Jesus nos convida a sair da mesmice: Duas colocações de Jesus foram necessárias para que os discípulos deixassem de olhar para si mesmos.

O primeiro que Jesus fez foi mostrar que os discípulos eram responsáveis pela manutenção dessas pessoas, isso é claro quando lhes disse "Eles não precisam ir. Deem-lhes vocês algo para comer". Para Jesus tudo era simples, se as multidões fossem embora, como ele glorificaria o Pai? Se a lógica fosse a liderança, onde ficaria a fé? 

Jesus queria que os seus discípulos se tornassem nos seus colaboradores. Para isso eles deviam pensar fora da caixa, e olhar com aquilo que é chamado de pensamento lateral porque não segue a linha reta comum de raciocínio. O Mestre coloca neles uma nova ideia, por que mandá-los embora quando podemos alimentá-los?

A segunda colocação de Jesus é direta, fala com Felipe e expõe uma pergunta capciosa, daquelas que o Mestre gostava muito de fazer, "Onde compraremos pão para esse povo comer? ". Essa era uma pergunta típica, porque o texto fala que Ele Fez essa pergunta apenas para pô-lo à prova, pois já tinha em mente o que ia fazer.

Onde os discípulos viram um problema, Jesus viu uma oportunidade de glorificar a Deus. Porque no agir da lógica muitas vezes perdemos o que o Senhor quer fazer no meio do Seu povo. Mas para isso nos convida a sermos participantes com Ele, e não meros espectadores.

Dentro do problema pode estar a solução, basta só olhar:

Filipe lhe respondeu: "Duzentos denários não comprariam pão suficiente para que cada um recebesse um pedaço! " Outro discípulo, André, irmão de Simão Pedro, tomou a palavra: "Aqui está um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas o que é isto para tanta gente? "

A resposta de Filipe satisfaz a pergunta de Jesus, demonstrando que o Messias não estava interessado em comprar pão. Duzentos denários não iam alimentar cinco mil homens, mais as mulheres e as crianças. Jesus demonstrou que a lógica aqui não seria suficiente, e que a Glória de Deus se manifestaria de outra maneira, algo mais criativo, um verdadeiro milagre.

André vem com uma proposta um tanto diferente, quase que tentando justificar a pesquisa.

Mas ambos fizeram o que Jesus lhes mandou fazer, foram proativos.

Filipe conferiu no "caixa" do grupo, e André efetuou a pesquisa de campo. Sem ambos os discípulos trabalhando, não haveria certeza da necessidade do milagre, mas conhecendo todos que o dinheiro não alcançava, e que os sustento era escasso, pois algo tinha que ser feito e somente Jesus poderia fazer algo!

A proatividade nos ajuda a nos colocar do lado do Mestre, quando vemos a necessidade podemos - e devemos - fazer duas coisas.

  1. Orar, para ter o direcionamento divino na procura da solução.
  2. Olhar para a necessidade, na procura de encontrar uma ponto onde possamos ver Deus agindo.
Ambas as ações requerem de determinação, busca e ação. O servo de Deus não pode ser preguiçoso, ou acomodado, devemos procurar no Senhor o direcionamento certo para as nossas realidades e necessidades. Os desafios do Senhor devem nos impulsionar a crescer, a termos a fé necessária para lutar dia após dia nas nossas tentações, provações, e problemas que se apresentam, sejam eles pequenos ou grandes.

Para refletir
  • Onde procuramos nossas soluções, na lógica do raciocínio, ou no Senhor que fez todas as coisas?
  • Onde está a nossa esperança, nos recursos que temos, ou no Senhor de toda a terra?
  • Como reagimos perante os desafios, queremos simplesmente que eles fujam de nós ou vamos até Jesus para encontrar nele a solução, sendo colaboradores com Ele?
  • Será que somos proativos pela causa do reino de Deus, sendo colaboradores com Ele?
Que Deus nos abençoe

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