A dor do arrependimento


Saindo dali, chorou amargamente. Lucas 22:62
Uma tristeza profunda, a dor que vem por trair, a desolação da alma.

Pedro sentiu na pela o que Jesus tinha lhe advertido, não adiantou negar veementemente que não o faria, nem as juras de fidelidade serviram para alguma coisa. Aposto o tudo e perdeu, agora não sobra nada de dignidade.

Pedro negou Jesus, não uma vez, mas três vezes. Não foi qualquer negação, ele negou, jurou e amaldiçoou. Foi enfático na sua posição, jamais conhecia ao Mestre, não era discípulo e não queria ser identificado como tal.

Mas numa hora a ficha cai, e foi no olhar de Jesus para Pedro justo depois de cantar o galo. Pedro viu como a névoa dissipou-se nessa hora, e os olhos de Cristo descobriram sua mediocridade, covardia e medo. Pedro viu como o castelo de areia que com tanto afinco construiu durante três anos, foi destruído pela primeira onda que invadiu a praia. E como castelo de areia, você não tem como pegar o entulho e reutiliza-lo, porque simplesmente eles se tornam um com a praia.

Pedro não pisou na bola, não foi uma escorregadia, um escapulir. Pedro pecou, e foi feio.

E agora Pedro?

O choro de Pedro é profundo, porque seu coração foi descoberto, e viu que sua vida de dureza, o petros era nada perante Jesus. A autoconfiança foi embora, o orgulho acabou-se, o pecado floresceu e tudo o que conseguiu ver em si mesmo era a sua realidade.

O choro de Pedro foi de arrependimento, um arrependimento que lava a alma, que nos aproxima de Jesus, e que nos concede o perdão divino pela graça.

Não existe pecado que não possa ser perdoado por Jesus. Não há maldade tão grande que o Cordeiro de Deus não tenha levado sobre si na cruz. Há perdão para todo aquele que compreende o quão pequeno é, e que precisa do Senhor acima do ar que respiramos.

Que neste dia possamos nos aproximar a Jesus, e clamar pelo seu maravilhoso perdão. Ele é fiel, bondoso, misericordioso. Seu perdão abre o caminho à restauração e vida.

É tempo de buscar ao Senhor!

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