O choro de Pedro deve ser o nosso choro


O Senhor voltou-se e olhou diretamente para Pedro. Então Pedro se lembrou da palavra que o Senhor lhe tinha dito: "Antes que o galo cante hoje, você me negará três vezes".Saindo dali, chorou amargamente. Lucas 22:61,62
 O choro de Pedro não foi um choro do tipo daquele que se envergonha pela falha. Pedro quebrou uma promessa, rompeu o pacto que ele mesmo tinha feito com Jesus: ele nunca o negaria, mesmo nas piores circunstâncias.

Pedro, chegou perto, mas bateu na trave do medo.

O choro de Pedro deve nos lembrar qual deve ser a nossa atitude perante o pecado. A nossa atitude contra ele deve ser de ódio e lamento, tentar justificá-lo reforça o seu domínio em nós e nunca nos dará a humildade de reconhecer o quão miseráveis somos quando o cometemos.

Saul também quebrou o acordo entre Deus e Ele no capítulo 15 de 1 Samuel, salvando animais e o rei de Amaleque do massacre. E por causa de um coração orgulhoso, que dava como primazia a opinião dos homens antes de agradar ao Senhor, foi rejeitado. Pedro, por outro lado, teve a humildade de reconhecer seu pecado.

Mas, para isso precisou do olhar do Cristo.

Isaías também reconheceu que era pecador quando se encontrou face a face com o próprio Senhor que, em João 12, vemos que era o próprio Filho de Deus. O mesmo Pedro já sabia que, na presença de Jesus, era impossível esconder o pecado, quando depois da pesca milagrosa, pediu que se afastasse dele porque era pecador (Lucas 5).

Paulo, quando viu o Messias ressurreto, também teve o mesmo destino. E assim Mateus, Zaqueu e muitos outros.

O olhar de Cristo confronta a nossa vida pecadora com sua santidade, percebemos que Ele é justo e eu pecador, que eu preciso tanto dele assim como o ar que respiro. O divino olhar do Messias vá até a nossa alma, escruta o pecado e o manifesta assim como é manifesto ao mundo os tesouros escondidos na profundeza do mar. Ele faz isso para que possamos participar da sua santidade no arrependimento, e assim experimentamos a maravilha do perdão, e a beleza que há na restauração que Ele nos dá pelo Seu Espírito, que sempre nos consola nas nossas aflições.

Se temos dificuldade em reconhecer o nosso pecado, pode ser que estejamos como Pedro, tão perto e tão longe, num estado de parecer mas não de ser um verdadeiro discípulo de Cristo. O olhar de Cristo hoje o encontramos no nosso tempo devocional, lendo as Escrituras; quado nos congregamos dentro da nossa comunidade de fé que é a Igreja, no partir do pão praticando a comunhão dos santos, quando oramos e nos encorajamos mutuamente.

Há quanto tempo não somos confrontados pela Palavra de Deus? Trememos quando pecamos ou lidamos com ele de maneira leviana? O nosso choro é igual ao choro do apóstolo, duro para com a atitude do nosso coração e cheio de arrependimento?

Que possamos ter essa atitude toda vez que pequemos e que, aliás, sigamos o conselho do apóstolo João.
Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo. 1 João 2:1,2

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