A Culpa

Então, erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais. (João 8:10-11)
Culpa, vergonha, pena, podem ser sentimentos que de uma maneira o outra temos enfrentado na nossa vida. Em alguns momentos é uma culpa auto-imposta, e outras vezes são outros os que nos empurram a esse estado. De qualquer modo, não deixa de ser algo difícil de lidar, fácil de entrar, difícil de sair.

Uma mulher estava sendo acusada de adultério (sem o homem, o que já torna o suposto "flagrante" sem argumentos) e todos estavam com as pedras preparadas para atirar naquela moça por causa dos seus pecados. Jesus não se importou pela presa das pessoas, nem pela sede de sangue que estavam experimentando. Essa justiça própria, tão característica dos hipócritas, não se encaixa na justiça de Deus.

Jesus poderia ter dado um sermão sobre perdão, culpa, juízo ou sobre qualquer outra coisa, mas ele simplesmente escrevia na terra com o dedo.

O que estava desenhando? Qual era o conteúdo da mensagem escrita? Ninguém sabe, nem se importaram. Eles queriam o sangue da mulher derramado para se sentirem justos.

E Jesus estava simplesmente ignorando os argumentos deles. O silêncio de Jesus era a melhor pregação sobre a culpa: na ira dos homens não opera a justiça divina (Tiago 1.20).

No final, Ele fala sobre como devemos aprender a lidar com os nossos pecados, antes de lidar com os pecados alheios. Ele não jogou culpa neles, simplesmente falou a verdade, Os confrontou na religiosidade do coração para que entendessem que um coração que deseja santidade, não anda por ai caçando os pecadores para lança-los ao inferno; justamente faz o contrário: procura que tenham um encontro com aquele que pode perdoar pecados.

Um a um, eles saem. E deixam a mulher sozinha... com Jesus.

Jesus não a julga, ele oferece perdão. A dívida do pecado vai ser paga, não por ela, mas por ele.

Para aquele que se sente culpado, o perdão é mais do que música, e a sentença de liberdade, e a vida no meio da morte, e a cura para a doença mortal.

A culpa é vencida no perdão, e mais quando temos a certeza do perdão divino.

Não viva na culpa, viva na realidade do perdão.

Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. (1 João 2:1-2)
Que Deus te abençoe

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