Cristo Ressuscitou!

Dentro dos relatos bíblicos vemos várias ressurreições: o filho da viúva de Sarepta (1 Reis 17.8-24); o filho da mulher de Suném (2 Reis 4.8-37); o morto que tocou os ossos de Eliseu (2 Reis 13.20-21); o filho da viúva de Naim (Lucas 7.11-15); a filha de Jairo (Lucas 8.41-56);  Lázaro (João 11); Dorcas (Atos 9.36-42) e Eutico (Atos 20.7-12). Todos eles são maravilhosos, e são uma demonstração do Poder de Deus.

Mas, em todos os casos descritos, nenhum deles falou o seguinte;
“Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.” (João 10:17-18)
Nem estas palavras:
“Depois, tendo partido dali, passavam pela Galiléia, e ele não queria que ninguém o soubesse; porque ensinava a seus discípulos, e lhes dizia: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, que o matarão; e morto ele, depois de três dias ressurgirá.” (Marcos 9:30-31)
“Protestaram, pois, os judeus, perguntando-lhe: Que sinal de autoridade nos mostras, uma vez que fazes isto? Respondeu-lhes Jesus: Derribai este santuário, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do santuário do seu corpo.” (João 2:18-21)
Nos casos anteriores, houve um intercessor, alguém que invocou ao Senhor (menos o caso do morto que tocou o Eliseu já morto). Mas no caso de Cristo, tudo nele é ímpar!

·         Nos textos joaninos, ele tem a autoridade para retomar sua vida (João 10), e de levantar seu corpo do sepulcro (cap 2). O que demonstra Sua Autoridade.
·         No texto de Marco, e os outros dois relatos onde Jesus fala com seus discípulos sobre sua morte e ressurreição, vemos que ela faz parte do plano redentor que Deus preparou para o homem.

Conhecemos os relatos da ressurreição de Jesus: profetizado no Antigo Testamento, acontecendo nos Evangelhos, testemunhado em Atos, e reivindicado nas Epístolas e no Apocalipse.

Por isso, Nós vamos trabalhar a ressurreição de Cristo do ponto de vista da Teologia, demonstrando ela é uma manifestação da Sua Divindade, e como parte do Plano Redentor de Deus para o Homem, incluindo a Soteriologia e Escatologia.

A ressurreição é uma evidência do seu caráter único:

John Stott escreveu ao respeito:
“A ressurreição por si só não prova sua divindade, mas é um argumento consistente. Somente uma pessoa com características sobrenaturais poderia deixar esse mundo de maneira tão extraordinária [...] Sua concepção e ressurreição sobrenaturais não comprovam a sua divindade, mas são coerentes com esse argumento”[1]
Josh McDowell afirma que a ressurreição reafirma o caráter Messiânico de Jesus:
“Jesus não simplesmente predisse Sua ressurreição como também enfatizou que esse acontecimento seria o “sinal” que confirmaria suas afirmações de que era o Messias (Mateus 12; João 2)”[2]
Ao ler as palavras de Cristo e dos apóstolos ao longo do Novo Testamento, vemos que tanto o Pai quanto o Filho participaram da ressurreição:

·         Participação do Pai: Atos 2.24; Romanos 6.4; 1 Coríntios 6.14; Gálatas 1.1; Efésios 1.20.
·         Cristo participando da sua própria ressurreição: João 10.17-18.

Jesus mesmo falou que Ele é a “Ressurreição e a Vida” (João 11.25). Dar vida é uma atribuição divina.

A importância da ressurreição

Para a Evangelização

É inegável a força que a ressurreição de Cristo teve nos discípulos de Cristo, nas suas mensagens falavam da ressurreição como um argumento a favor da sua Dupla Natureza, do Seu papel salvífico, e do Seu papel Escatológico como Juiz.

Leon Morris escreve o seguinte:
“Os primeiros capítulos de Atos estão cheios da alegria da ressurreição, e é natural que fosse assim. É evidente, porém, que os discípulos ficaram totalmente desanimados quando Jesus morreu. Ele tinha sido o centro do pensamento e da vida deles, e agora estava morto. O que deviam fazer? Aonde deviam ir? Então, de repente, todo esse pessimismo foi dissipado. A tristeza desapareceu com a profunda convicção de que o impossível tinha acontecido. Jesus triunfara sobre a morte. Ele não estava morto, mas vivo. Não é de admirar que a ressurreição tomou conta deles e eles a tornaram o centro da sua mensagem”[3]
Veja alguns trechos de Atos onde podemos ver essa centralidade na morte e ressurreição de Cristo.
“Caros irmãos, concedei-me a licença de falar-vos com toda franqueza que o patriarca Davi morreu e foi sepultado, e o seu túmulo está entre nós até o dia de hoje. Todavia, ele era profeta e sabia que Deus lhe prometera sob juramento que colocaria um dos seus descendentes em seu trono. Antevendo isso, profetizou sobre a ressurreição do Cristo, que não foi abandonado no sepulcro e cujo corpo não sofreu decomposição. Deus ressuscitou este Jesus, e todos nós somos testemunhas deste fato. Exaltado à direita de Deus, Ele recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e derramou o que vós agora vedes e ouvis.” (Atos 2:29-33)
“Vós matastes o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos. E nós somos testemunhas deste fato. Pela fé em o Nome de Jesus, o Nome curou este homem que aqui vedes e bem o conheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este, agora, saúde perfeita, como todos podem observar. [...] Entretanto, foi desta forma que Deus cumpriu o que tinha predito por todos os profetas, anunciando que o seu Cristo haveria de sofrer. Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos para que assim sejam apagados os vossos pecados, de modo que da presença do Senhor venham tempos de refrigério, e Ele envie o Cristo, que já vos foi previamente designado: Jesus.” (Atos 3:15-20)
“Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes declarou: "Autoridades e líderes do povo! Visto que hoje somos questionados em relação a um ato de caridade [...], tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em o Nome de Jesus Cristo, o nazareno, aquele a quem vós crucificastes, porém a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, por intermédio desse Nome é que este homem está aqui, diante de vós, plenamente curado! Este Jesus é 'a pedra que foi rejeitada por vós, os construtores, a qual foi posta como pedra angular'. E, portanto, não há salvação em nenhum outro ente, pois, em todo universo não há nenhum outro Nome dado aos seres humanos pelo qual devamos ser salvos!"” (Atos 4:8-12)
“Ao que Pedro e os demais apóstolos afirmaram: ‘[...]. O Deus de nossos antepassados ressuscitou a Jesus, a quem vós assassinastes, crucificando-o num madeiro. Deus, no entanto, o exaltou, elevando-o à sua direita, como Príncipe e Salvador, a fim de dar a Israel arrependimento e perdão de pecados. Ora, nós somos testemunhas destes fatos, bem como o Espírito Santo, que Deus concedeu aos que são obedientes a Ele! ’" (Atos 5:29-32)
“E se refere a Jesus de Nazaré, de como Deus o ungiu com o Espírito Santo e poder, e como ele caminhou por toda a parte realizando o bem e salvando todos os oprimidos pelo Diabo, porquanto Deus era com Ele. E nós somos testemunhas de tudo o que Ele realizou na terra dos judeus, bem como em Jerusalém, onde o assassinaram, suspendendo-o num madeiro. Deus, entretanto, o ressuscitou ao terceiro dia e lhe concedeu que fosse visto, não por toda a população, mas por testemunhas que previamente escolhera para este propósito, por nós que comemos e bebemos com Ele depois que ressuscitou dos mortos. E foi Ele mesmo que nos mandou pregar a todas as pessoas e testemunhar que foi a Ele que Deus constituiu Juiz dos vivos e dos mortos. Todos os profetas testemunham sobre Ele, afirmando que qualquer pessoa que nele crê recebe o perdão de todos os pecados, mediante o seu Nome".”(Atos 10:38-43)
“Irmãos, filhos da estirpe de Abraão, e os que dentre vós temem a Deus, a nós é enviada a palavra desta salvação. Pois, os que habitam em Jerusalém e as suas autoridades, porquanto não conheceram a este Jesus, condenando-o, cumpriram as mesmas palavras dos profetas que se ouvem ler todos os sábados. E, se bem que não achassem nele nenhuma causa de morte, pediram a Pilatos que ele fosse morto. Quando haviam cumprido todas as coisas que dele estavam escritas, tirando-o do madeiro, o puseram na sepultura; mas Deus o ressuscitou dentre os mortos; e ele foi visto durante muitos dias por aqueles que com ele subiram da Galiléia a Jerusalém, os quais agora são suas testemunhas para com o povo. E nós vos anunciamos as boas novas da promessa, feita aos pais, a qual Deus nos tem cumprido, a nós, filhos deles, levantando a Jesus, como também está escrito no salmo segundo: Tu és meu Filho, hoje te gerei.” (Atos 13:26-33)
“Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam; porquanto determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que para isso ordenou; e disso tem dado certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (Atos 17:30-31)
No período dos Pais da Igreja, a Ressurreição teve também sua importância ímpar.

·         Credo Apostólico (s. III e IV): “[Jesus] foi morto e sepultado, e ao terceiro dia ressurgiu dos mortos; que subiu ao céu e assentou-se à direita do Pai Todopoderoso, de onde há de vir e julgar os vivos e os mortos”
·         Credo de Nicéia (325 e 381): “[Jesus] padeceu e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras,e subiu aos céus e assentou-se à direita do Pai, e de no há de vir, com glória para julgar os vivos e os mortos, e o seu reino não terá fim”.

A ressurreição de Cristo encorajou a Igreja a pregar, fazer missões, e ir além das suas próprias forças. Não podemos negar esse fato maravilhoso nas nossas vidas!

Assegura nossa regeneração e santificação

1 Pedro 1.3 associa a ressurreição de Cristo com a nossa própria regeneração ou novo nascimento. Para Grudem “por meio de sua ressurreição que Cristo conquistou-nos o novo tipo de vida que recebemos quando “nascemos de novo”. É por isso que Paulo pode dizer que Deus ‘nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou’ (Ef. 2.5-6; cf. Cl 3.1)”[4]

O poder da ressurreição de Cristo em nós, segundo Paulo, inclui o poder para obter uma vitória cada vez maior sobre o pecado que permanece em nossas vidas (Romanos 6.14; cf 1 Co 15.17). E também inclui o poder para ministrar na obra do Reino de Deus, porque foi após a ressurreição que Jesus comissionou os seus discípulos, e prometeu o Poder que vem com o Espírito Santo (Mateus 28.19-20; Atos 1.8) “Esse poder novo e intensificado pra proclamar o evangelho, operar milagres e triunfar sobre a oposição do inimigo foi dado aos discípulos após a ressurreição de Cristo dentre os mortos e era parte do novo poder da ressurreição que lhes caracterizava a vida cristã”[5]

Calvino escreveu o seguinte:
“Embora na morte de Cristo tenhamos o pleno cumprimento da salvação, por meio dela fomos reconciliados com Deus, se satisfaz o juízo divino, se suprime a maldição, e foi paga a culpa, porém, não se diz que fomos regenerados numa viva esperança pela morte, e sim pela ressurreição”[6]
Vejamos Romanos 6.4-5:
“Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição.”
E Colossenses 3.1-5
“Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; porque morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória. Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria;”
Ambos os textos são, nas palavras de Calvino, “um convite [não só] a uma nova vida, também nos ensina que do Seu Poder procede que sejamos regenerados na justiça”[7]. Por causa da nossa ressurreição com Cristo, a nossa natureza e perspectiva de vida são direcionadas para o céu, e por isso devemos lutar e mortificar a nossa carne, andando nessa novidade de vida.

Assegura nossa justificação

“mas igualmente para todos nós, a quem Deus concederá justificação, a nós que cremos naquele que ressuscitou dos mortos, a Jesus, nosso Senhor. Ele foi entregue à morte para pagar todos os nossos pecados e ressuscitado para nossa completa justificação.” (Romanos 4:24-25)
“Ressuscitando Cristo dentre os mortos, Deus Pai estava dizendo que aprovava a obra de Cristo de sofrer e morrer por nossos pecados, que sua obra tinha sido completada e que Cristo não tinha mais nenhuma necessidade de permanecer morto. Não havia nenhuma pena a ser paga pelo pecado, nenhuma ira de Deus, nenhuma culpa ou motivo de punição - tudo havia sido completamente pago, e não sobrou culpa alguma”[8]

Paulo escreveu que Deus nos ressuscitou em Cristo (Efésios 2.6; Colossenses 3.1), então, quando Cristo levantou-se dentre os mortos, aprovado pelo Pai, essa aprovação aplica-se também a nós. Por isso, a sua ressurreição é a prova da nossa justificação.

E Paulo continua dizendo que, se a morte de Cristo é suficiente para nos tirar o temor da condenação, acrescenta que O mesmo que morreu,também ressuscitou, e o Pai o tornou o nosso mediador (Romanos 8.34). Por causa disso, escreve aos Corintios que, se Cristo não ressuscitou, o Evangelho é nulo, a nossa fé é vã (1 Coríntios 15.17). A obra expiatória de Cristo na cruz se completa com sua ressurreição: é a manifestação da sua vitória sobre o pecado e a morte.

Esperança da nossa ressurreição

Veja estes textos:
“Ora, Deus não somente ressuscitou ao Senhor, mas também nos ressuscitará a nós pelo seu poder.” (1 Coríntios 6:14)
“sabendo que aquele que ressucitou o Senhor Jesus, nos ressuscitará a nós com Jesus, e nos apresentará convosco.” (2 Coríntios 4:14)
E podemos ver em 1 Coríntios 15.12-58, como para Paulo, a ressurreição de Cristo não é simplesmente história viva, ela é a garantia da nossa fé, e da nossa ressurreição futura.
“Mas na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.” (1 Coríntios 15:20)
No grego, as primícias são os primeiros frutos colhidos na safra, e são uma amostra de como será a safra toda. Cristo é a primícia da “safra” que Deus fará quando nos levantar dentre os mortos.

Aplicação

A ressurreição de Cristo é inquestionável. Ela aconteceu na história, e não existe como negar o fato mais marcante do Cristianismo: o seu Salvador vive para sempre! A esperança que temos nele não se compara com as outras religiões e crenças, porque ela é ímpar, nós temos esperança na Sua Vinda gloriosa porque Ele ressuscitou e ascendeu aos céus (Atos 1.10-11).

Obediência a Deus nesta vida

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” (1 Coríntios 15:58)
Pela esperança da nossa ressurreição (lembre que o capítulo 15 de 1 Coríntios fala da ressurreição) podemos perseverar na nossa vocação até o fim, porque todo terá significado eterno.

Concentrar-nos na recompensa celestial futura como nosso alvo

“E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados. Logo, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se é só para esta vida que esperamos em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima.” (1 Coríntios 15:17-19)
Como Cristo ressuscitou, buscamos uma recompensa celestial, e a nossa esperança é firmada nas coisas celestiais (Colossenses 3.1-4)

Não nos submeter ao pecado

“Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.” (Romanos 6:11-13)
O fato de temos este novo poder da ressurreição sobre o domínio do pecado em nossa vida é usado por Paulo como razão para exortar-nos a não mais pecar[9]

A Beleza da Ressurreição é essa!

Gostamos do relato histórico da ressurreição, mas suas implicações são muitas, e preciosas para nós. Não podemos subestimar o fato da ressurreição de Cristo na nossa evangelização, no nosso presente e futuro como filhos do Senhor. 

Neste Domingo, em que celebramos a ressurreição de Jesus, vamos ter um momento para pensar e refletir sobre as implicações que tem para nós.
  • Segurança da nossa salvação.
  • Segurança da nossa redenção.
  • Segurança da nossa glorificação.
  • Segurança da nossa eternidade.
Que Deus nos abençoe, e tenhamos um tempo maravilhoso na Sua Presença!




[1] STOTT, John. Cristianismo Básico. Ultimato, 2007, p. 57-58
[2] MCDOWELL, Josh. Evidência que Exige um Veredito. Candeia, 1996. p 233-234
[3] MORRIS, Leon. Teologia do Novo Testamento. Vida Nova, 2003. p 224-225
[4] GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. Vida Nova, 1999. p.514
[5] GRUDEM. idem
[6] CALVINO, João. Institución de la Religión Cristiana. Felire, 2006, Tomo II. p 386

[7] CALVINO, idem. p 387
[8] GRUDEM. idem
[9] GRUDEM. Idem. p 516

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