Falou bonito, mas...


Um belo discurso pode amolecer o coração mais duro. Saber usar as palavras, as metáforas, ilustrações, e dar belos exemplos podem fazer que muitos fiquem entusiasmados e se tornem seguidores de alguém. Isso não é novidade para ninguém, na história temos exemplos que confirmam isso.

Falar bonito é um dom. Quando era seminarista tive colegas que faziam de tudo para ser prolixos na fala, imagino que queriam nos surpreender pela eloquência, mas não todos os professores engoliam a isca.

Em uma ocasião, um professor falou para um aluno que tinha feito uma exposição de um capítulo de Colossenses, que melhor tivesse sido para ele ter ficado somente no texto em questão, e não gastar tanto tempo tentando discursar sobre o contexto, o que tornou fraco o ensino. Outros professores reprochavam o excesso de palavras sem sentido, ou uso indiscriminado de citações, léxicos em grego, hebraico ou latim para pregar. A simplicidade na hora de pregar foi para mim uma lição a ser aprendida!

Temos a tendência a querer impressionar, para aqueles que falamos o escrevemos existe a tentação de aparentar intelectualidade na hora de nos expressar, o que pode trazer como consequência que o nosso público alvo não entenda nada daquilo que queremos dizer, e torna o esforço infructífero. Paulo, certamente andou na contramão quando falou para os Coríntios

A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito de poder; para que a vossa fé não se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. (1 Coríntios 2:4-5)
Por outro lado, muitas vezes gostamos de falar ou escrever de assuntos que estão na moda, mas que não praticamos. Tiago falou muito bem disso

E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Pois se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante a um homem que contempla no espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo e vai-se, e logo se esquece de como era. Entretanto aquele que atenta bem para a lei perfeita, a da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas executor da obra, este será bem-aventurado no que fizer. Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã. A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo. (Tiago 1:22-27)
Encorajar outros a fazer aquilo que não faço também entra neste quadro descrito pelo Apóstolo.

Lucas escreveu sobre os fatos que Jesus "fazia e ensinava" (Atos 1:1), o que nos leva a pensar que Ele mesmo se tornava exemplo da Sua mensagem, e isso dava autoridade na hora de falar aos outros.

Por isso, antes de usarmos a eloquência, vamos primeiro nos perguntar sobre aquilo que queremos dizer, não é mais fácil usarmos a simplicidade? Precisa mesmo ser assim de complicado a mensagem de Cristo?

E antes de postar ou falar sobre um assunto, pensemos: Estou vivendo aquilo do que vou falar?

Não pense que falar bonito nos torna mais santos ou melhores. Poderiamos impressionar aos homens, mas não a Cristo, e é Ele a quem temos que render contas dos nossos dons.

Assim, não é o falar bonito, é o falar de Cristo, o falar que vem de uma vida que pratica aquilo que fala.
Discurso ou .ação que visa manipular as paixões e os sentimentos do eleitorado para conquista fácil de poder político.

"demagogia", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/demagogia [consultado em 04-11-2014].
Discurso ou .ação que visa manipular as paixões e os sentimentos do eleitorado para conquista fácil de poder político.

"demagogia", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/demagogia [consultado em 04-11-2014].

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