As redes sociais na Igreja

Confesso que sou um apaixonado por tecnologia e por internet. Infelizmente, quando estava fazendo a minha Tese, para minha grade como Engenheiro Civil, a internet ainda não tinha atingido o que ela é hoje, assim o seu aporte foi quase nulo. Anos depois, olhando já o ministério, baixei um programa onde posso escolher a versão da Bíblia na língua que eu desejo, dicionários, comentários, ajudas, concordâncias e muito mais, que muitos companheiros do Seminário, copiaram sem problema algum, porque o programa é livre. Assim, a maioria das minhas pregações e estudos são feitas na frente de um computador, aproveitando as vantagens que a tecnologia me oferece para muitas coisas úteis.
Mas, com a chegada das Redes Sociais (desde aqueles quase indefesos ICQ e MSN, até o Skype, Orkut e o Facebook, etc, etc, etc) a vida de quase 1 bilhão de pessoas está a só um click do computador, trazendo um debate sobre a privacidade, conteúdos e comentários que muitos de nós já tivemos, e que com certeza outros continuarão no futuro.
A minha geração (conhecida como Geração "X" por alguns estudiosos) pegou o gosto pela tecnologia e o cyberespaço, mas as novas gerações (as chamadas de "Y" e "Z") simplesmente não sabem existir sem a presença da internet e as redes sociais. E aí, as Igrejas, e líderes (particularmente líderes de jovens) tem um papel e uma atuação que pode mudar a vida deles.
Eu, como Pastor de Jovens, tenho sérias dificuldades em achar os jovens para compartilhar algo, muitos trabalham de dia e estudam a noite, com cursinhos nos sábados, e cheios de atividades nos sábados a noite e aos domingos. Os adolescentes estudam de dia, e a noite compartilham com os pais, ou fazem cursos de pré-vestibular . Por outro lado, sou pai de família, com esposa e filhos que requerem a minha asistência e dedicação, além de tempo para o estudo da Palavra de Deus e para a oração. Em conclusão, tentar conciliar os horários, se torna uma tarefa quase complicada.
Porém, isso não impede que eu me comunique com eles.
Como? Através das Redes Sociais.
Embora possa parecer impessoais e frias, pelo fato de não ver o rosto da pessoa (o que é verdade), as redes sociais podem servir ao Corpo de Cristo nas áreas de aconselhamento, discipulado e instrução.
Pare para pensar um momento, o que mais impessoal e frio que uma carta? Você manda, e ela chega tempos depois, da mesma forma você nem tem como imaginar a reação daqueles que estão lendo-a, e o tempo que demora em responder pode parecer uma eternidade para quem escreveu. Acrescente a isso, o fato de não possuir aviões, e depender da força de um cavalo por terra, ou dos braços e do vento para movimentar um barco. Pois bem, a Igreja viveu com isso por séculos até a chegada do telégrafo e do telefone. Além disso, por cartas, o apóstolo Paulo se comunicou com as Igrejas, e hoje nós temos isso nas nossas Bíblias como Livros Canônicos.
O que quero dizer? Que nós temos que aproveitar as bondades da comunicação para alentar, exortar, consolar, pregar, animar, abençoar e corrigir à Igreja do Senhor.
É claro que nada se compara à falar face a face, ao contato com o outro, à falar olhando diretamente, à comunhão e ao compartilhar. Mas tem vezes que não tem jeito, e aí então podemos aproveitar os recursos que temos hoje.
A próxima vez que abrir a sua Rede Social preferida, reflita sobre o fato que você está com a possibilidade de ser uma bênção para centenas - ou milhares - de pessoas por aquilo que você escreve. Lembre-se do apóstolo Paulo (por medio de uma carta, é claro) quando falou as seguintes frases:
Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. (1Co 10:31)

E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (Col 3:17)
Que Deus possa se agradar daquilo que escrevemos, postamos, curtimos e compartilhamos.

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